
É incrível como os alicerces e juras eternas transformam-se facilmente em rios de comentários ácidos quando os acontecimentos apontam para um fim.Não são intrigas,nem muito menos desentendimentos,é simplesmente o fim,o inevitável desgaste.Todas as possibilidades foram testadas e não há mais vontade de tentar recomeçar algo que nunca poderá ser novamente subsidiado.Os “bons dias “ antes tão clichês e corriqueiros passam a ser silencio cravado no peito,e as palavras que antes fluíam tanto e tão bem passam a entupir o ar que passa pela garganta.Os vícios ocupam o lugar do lazer coletivo e a solidão te prende no seu circulo particular de amizade e a pergunta que paira na mente assolada de dúvidas é o que teria faltado para que se pudesse ser somente mais um grupo de pessoas felizes .Tortura-se o convívio diário com ofensas subliminares e o ar ambiente é letal a quem tem olhos capazes de ver as injustas lamúrias. Mãos,olhos e peles que costumava ser uma só textura de prazer dão lugar a um vazio que cala até os batimentos cardíacos e sentimentos supostamente consolidados.E caso exista uma prole, esta sofre consequentemente com a falta de espelho pra se projetar no futuro,e as incertezas se tornam o pão que alimentam uma tristeza que cala fundo e corrói.Já não há palavras que não sejam prejudiciais ao ego do outro e esta crucificação recíproca implica morte lenta dos indivíduos que não conseguem se desvincular por moralismos fúteis que nada acrescentou nas vidas destes.
Caos interior,sofrimento generalizado,e as almas tornam-se desviantes,dissidentes,conturbadas,sem paz. ! Seria tão mais fácil se só dissessem
-Adeus
A tão simples convivência torna o fim tão amargo. Se a "sociedade" não tivesse intitulado assim, talvez um simples adeus resolveria tudo.
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